T03E02 - Os Novatos na Floresta do Casulo
Mestre: Márcio Loureiro | Time: 🦓 Misto "formação emergente com novatos e veteranos"
Os Novatos na Floresta do Casulo
Relato escrito por Eduardo na visão do Elfo Kyrion
O relato que se segue foi escrito à mão, em elfico, e é aqui traduzido para todos:
Irmãos e irmãs Tel’Quessir,
A vontade insondável do Seldarine me trouxe até essa terra estrangeira, a mim totalmente desconhecida, seja em verso ou em prosa.
A recepção no píer não é das mais amistosas: pedintes e pobres coitados se avolumam sobre os que aqui chegam. O sentimento muda quando se segue pela caminho que atravessa uma mata e pradarias até chegar num acampamento chamado Frasqueta.
Ali, humanos congregam e parecem celebrar a chegada de viajantes, mas celebram ainda mais sua partida para os ermos. De fato, há uma liturgia e um ritual bizarros seguidos por essas pessoas brutas, que cantam e uivam enquanto aqueles que partem bebem um indigesta bebida preparada no casebre na qual se reúnem.
Em meio a essa encenação macabra, tive certeza que Seldarine esperava de mim liderança quando vi que dentre os desbravadores se encontrava uma representante do Povo. A elfa, de nome Caliope, pareceu aos meus olhos talentosa e abençoada pela luz de Corellon, visto que ostentava uma armadura de belo feitio, fruto das mãos do nosso próprio Povo.
Deixamos o acampamento humano até chegarmos noutro, maior e imundo. O denominado Burgo nos serviu como descanso do inclemente inverno que se lança sobre essa terra, segundo os locais, seguindo a vontade de forças ancestrais chamadas de Titãs.
Passada a noite, seguimos na direção da Floresta do Casulo. Após semanas e semana navegando e andando em meio à desordem e barulho dos humanos, animava-me o pensamento de caminhar num templo de troncos e copas novamente.
O que vi, surpreendeu-me. Sim, são árvores que muito já viram e ali permanecem. Mas há algo errado ali. É isso nao só se diz, como se sente no ar e na terra. Um aperto, um punho egotista que abafa o pulsar da floresta.
Ainda assim, seguimos. Encontramos indícios que a região possui uma guardiã de métodos questionáveis e madeixas brancas. Também fizemos uma interessante descoberta: uma ruína subterrânea numa clareira.
A ruína está parcialmente inundada, mas o que me chamou atenção foi a estátua de bronze depositada no fundo da depressão. Num primeiro olhar, pensei se tratar de nossa deusa Hanali Celanil, aquela que empresta beleza a tudo que toca e vê. Mas não. Parece se tratar de uma representação de divindade local, de nome Visagem. Interessante perquirir se há qualquer ligação com os povos elfico locais. Se é que existem.
Nossa incursão começou a terminar quando alguns homens desesperados buscaram abrigo conosco. Acredito que o medo e covardia que exalavam acordou os predadores da mata. Mariposas gigantes nos atacaram naquele noite. Organizadamente, deixamos o local e voltamos para o acampamento da Frasqueta pela manha.
Espero que esse relato chegue a olhos e corações elficos. Nessa terra estranha, precisamos nos unir em torno de um objetivo, iluminados todos pela gloria de Seldarine.
Uluvathae, amigos e amigas,
Kyrion da Primeira Casa, Durothil do Dragão Dourado
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Biergotten é uma campanha de Hexcrawl no estilo west marches, ou seja, mesa aberta, com sessões episódicas, com mundo permanente em que muitos grupos de jogadores buscam suas aventuras.
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